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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Oração pela Paz Mundial!

   


Senhor! Sabemos da nossa impotência diante do ódio e da vingança que armam bombas e mãos criminosas.
 Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da criação.
 Senhor! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror.
 Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente  das crianças.
 Senhor! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e   calando as aves dos céus.
 Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins; e aos pássaros de novo cantarem pelo infinito dos céus.
Esta oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos, para viver em paz!
 Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade!
 Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!

  (Prece recebida por Gerson Simões Monteiro pela inspiração no dia 11/09/2001, diante da destruição das Torres Gêmeas nos EUA, publicada no jornal EXTRA do dia 16/09//2001 )

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Manifesto de São Carlos





UMA CONTRIBUIÇÃO DO 14o CONGRESSO PAULISTA DE SAÚDE PÚBLICA PARA A 15a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE

Com mentes abertas e corações generosos para escutar, refletir, discordar, afirmar, enfim, para intercambiar ideias e buscar caminhos para a produção do comum, mais de 700 pessoas se reuniram em São Carlos, na UFSCAR, no estado de São Paulo, entre os dias 26 e 30 de setembro de 2015, para o 14o Congresso Paulista de Saúde Pública, com o lema “SAÚDE E PODER: RECONECTANDO

CIDADÃOS E TRABALHADORES AO SUS” com três eixos de debate: (1) Desmercantilizar o SUS; (2)

Produzir Coletivos e Cogestão; (3) Reinventar o Trabalho em Saúde.
Interagimos uns com os outros, falamos de poder e da falta de poder que impacta na produção social da saúde e nos obstáculos que impedem cidadãos e trabalhadores se sentirem parte integrante do SUS. Escutamos os ruídos e os sinais que vêm da rua!
Urge desmercantilizar o SUS. E apesar da crise do capital e do SUS acreditamos que lutas precisam ser intensificadas para que possa haver luz no fim do túnel!
Reafirmamos de maneira unânime que é na busca da ação coletiva, democrática e solidária que encontraremos saídas. Por isso, produzir coletivos e cogestão permeou o debate de como tod@s podem contribuir para a radicalização da democracia no Brasil e no mundo.
E se não reinventarmos o trabalho, na saúde e em todas as suas formas, precarizaremos a vida, pois trabalho sem criatividade e autonomia, e voltado só para o lucro e o consumo, nos fará escravos

subservientes da perversa lógica do capital. Reinventar o modo e os objetivos para o trabalho poderia nos propiciar outras perspectivas que sejam mais emancipatórias.
E com estes temas organizamos CONFERÊNCIAS LIVRES que produziram o seguinte MANIFESTO: Os congressistas do 14o Congresso Paulista de Saúde Pública apelam a si mesmos e à sociedade brasileira na busca de uma pauta comum e pontes de solidariedade que unifiquem forças que defendam a priorização da democracia radical e dos direitos sociais na atualidade e para sempre, e não o mercado ávido por lucros e desinteressado na vida como valor ético político primeiro.
Neste sentido:
1. Nunca cessem sua indignação quando a democracia e os direitos sociais garantidos pela constituição de 1988 estiverem sendo ameaçados.
2. Somente a indignação não é suficiente para resistirmos aos ataques que sofrem a democracia e os direitos sociais no Brasil. Formas explícitas de resistência precisam estar associadas à produção

de novas gramáticas e narrativas que ativem uma concertação social majoritária convicta da necessidade de uma democracia radical sustentada por direitos sociais que propiciem justiça social e condições de vida dignas.
3. A construção de outras gramáticas e narrativas passa pela democratização profunda das mídias no Brasil, não no seu foco de conteúdo, mas na sua cartelização e monopolização dos meios por poucas famílias.
4. Resistir e construir formas de luta para demonstrar que a dívida pública brasileira não é intocável, e que sua desconstrução e auditoria estariam na raiz de um ajuste fiscal mais justo, bem como uma reforma tributária que realmente progressiva, faça com que aqueles que ganhem mais paguem mais, com foco principal no lucro das empresas.
5. Explicitarmos e desocultarmos todas as formas injustas de desigualdades sociais e econômicas na sociedade brasileira do século XXI, demonstrando os danos para a vida dos brasileiros, impedindo a naturalização crescente destas desigualdades.
6. Há um acirramento da luta de classes no Brasil do século XXI e a luta pela desmercantilização do SUS e da sociedade não passa apenas por soluções setoriais.

7. O SUS é uma conquista civilizatória do povo brasileiro, mas que clama por uma crítica radical em não prover, muitas vezes, a adequada experiência material concreta para atender a muitas necessidades vitais prementes.
8. Os Conselhos de Saúde no âmbito do SUS precisam ser reconhecidos como ativos muito importantes, mas carecem de re-significação no diálogo mais potente com coletivos e movimentos  
9. Retomarmos ação estratégica no trabalho de base para construção de pautas singulares e pontes de solidariedade com as necessidades cotidianas vitais das populações periféricas e excluídas.
10. Concatenarmos ação política firme e concentrada baseada em fatos sólidos para mostrar a ilusão, ao longo da vida, de possuir planos privados de saúde.
11. Desenvolvermos formação e capacitação para o tensionamento político da ideologia das patentes e da propriedade intelectual principalmente dos fármacos e da nossa fitoterapia.
12. Intensificar a pesquisa e a luta política na busca de evidências para desocultar e visibilizar nexos causais entre processos de trabalho e doença, sofrimento e morte, fortalecendo e sensibilizando os trabalhadores do SUS para a importância de notificar adoecimento, sofrimento e
morte relacionados ao trabalho.

13. Terceirizar é precarizar o trabalho, pois o implícito é aumentar a lucratividade das empresas, criando mais adoecimento, sofrimento e morte em detrimento de processos de trabalho mais criativos e menos alienados.

14. Convocarmos a todos os trabalhadores e usuários para ocupar o cotidiano do trabalho em saúde como sujeitos políticos, comprometidos com a transformação em ação radical das narrativas imobilizadoras e ideológicas que aspiram construir um imaginário de impossibilidade da eficácia social do público na saúde.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Praça das Tecnologias




Praça das Tecnologias

Ontem  · 











































Onde Está o Segundo TEATRO DE ARENA de Nossa Cidade.
Embora eu POSSA Parecer Bastante Crítica, e NÃO Vejo Como Ser Diferente, Por Acreditar Que É ELA Quem nsa impulssiona em busca de corrigendas e consequentemente Melhoria em Nossa forma de ser e Agir em sociedade; tenho uma Preocupação de apontar de forma justa e Democrática como Responsabilidades, PROCURANDO Ser o minimamente antipatica nsa Meus pensares, porem sem deixar de trazer uma luz de material de Reflexão Que obviamente me servir em Primeiro Lugar, enquanto escrevo, AINDA as antes de servir a quem de mim . honra com SUA Leitura
Baseando não Que Aconteceu Comigo e minha familia, ter Uma Casa Própria, num bairro novo, construido Para Mim, ter a chance de CRIAR Meus Filhos Neste lugar, foi algo encantador, Realização de um sonho; Para Milhões de brasileiros Uma utopia Naquela Época Mais de Duas Décadas Atrás. Receber junto a ISSO Tudo, Uma praça Bem formada, Belíssima, Perfeita. com algumas Edificações, Que servem de Apoio Comunitário parágrafo um Realização de oficinas junto a População ENTÃO Uma Realidade parágrafo fóruns dos Padrões Comuns em Nosso país. E ágora, Vinte e poucos Anos Depois, ver TODO ESSE EQUIPAMENTO ir deteriorando em Tão Pouco tempo, sem Nenhum Sinal de Preocupação da População local, em Cuidar, Preservar E triste, chocante, inaceitável! Encontrar monturos de restos de Reformas Domésticas, disfarçadamente envoltas em leçõis velhos, depositados em Meio Ao Gramado, Por Um Lado. Um colchão descartado nenhuma chamada outro. Os Belos Bancos de ferro batidos, artisticamente trabalhados desaparecendo misteriosamente (???) um dia Cada. constatar that um eventual Limpeza com o corte da grama (capim MESMO, nativo) Feita pela metade. Queima irresponsável dos Resíduos dessas podas. Destruição inconsequentes dos Patrimónios em desuzo, Tudo Mais ISSO e MUITO MAIS, PODE Que Ser constatado com hum simples passeio em torno da praça, nos Deixa entristecidos. Mas Ouvir Que Tudo Mais ISSO e cupa da Administração Pública, (UO da Prefeitura do prefeito) nos Deixa also envergonhada; eA pergunta VEM Célere: _Como? Eu Nunca vi Algum Funcionário da Administração Municipal, vir Descartar Lixo em Meio Ao Espaço Público? Rápido Você Viu Já? Quebrar, or Destruir? Se em Nossa Casa, passamos Por Um Período de dicifulcades finaceira, Não contribuimos individualmente Cada Uma de Uma forma, Para Que possamos Passar POR este Período de forma sofrível Menos possivel? PORQUE NAO Podemos Fazer o MESMO COM O Nosso bairro? Em NOSSOS lares, Não nsa esforçamos parágrafo TERMOS UM quintal Bem Limpinho, Bem Agradável Assim Como A Nossa porta e Calçadas? Porque NÃO extendermos Esse cuidado com Nossas Ruas, Bordas de áreas verdes eA Nossa querida praça? Eu Acredito Que com Um pouco de Respeito, cuidado e carinho MESMO, poderemos Transformar Nossa praça em Um Lugar aprazível Novamente OE Nosso bairro TODO hum lugar de that sintamos Orgulho! Desafio Cada um hum hum pouquinho Fazer Mais, e garanto Que Viver Melhor Possível E, QUANDO Cada hum Faz a SUA parte! Encontrei este Documento Feito POR Aunos de Uma universidade, cuja Cidade sempre me encantou. Veja Como enguias viram A Nossa praça (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA ÁREA DE Concentração: GEOGRAFIA E GESTÃO DO TERRITORIO AS Praças DE RIBEIRÃO PRETO-SP: Uma contribuição geografica AO PLANEJAMENTO E À GESTÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS 66 - Praça das Tecnologias nenhuma Conj .. Hab Alexandre Balbo - 2004 ......................

























..... 160 (page) (...) "Observa-se that em Ribeirão Preto-SP há hum percentual Maior de Praças Melhor equipadas fazer that em Maringá-PR. A Maior parte dos Equipamentos listados Encontra-se em Maior Número de Praças na Cidade paulista. APENAS em Alguns Equipamentos A Cidade paranaense apresenta percentual Maior (infantil parque, Estrutura parágrafo Idosos, Sanitários, placa de Identificação, edificação institucional e estacionamentos). Se FOREM OS observados Equipamentos Mais Comuns e, portanto, prioritários, Como Iluminação, Calçadas e Bancos, como 162 Praças maringaenses deixam a desejar. Obviamente, Cada UMA dessas Cidades, guarda especificidades Quanto às SUAS Origens, expressividade populacional e forma Como Trata SEUS Espaços Públicos. Cabe ressaltar that Maringá foi planejada e conhecida POR E SUA arborização e expressiva, POR ISSO, espera-se Mais SUAS das Praças. Apesar dos Dados disponibilizados Sobre a Cidade de Maringá-PR legítimos Serém, E Preciso Que se tenha cautela Ao Analisa-los, Uma Vez Que Praças Não-implantadas e rotatórias de Vias Públicas, contabilizadas were não apresentado total Fato Que Revela uma falta de Infraestrutura Para atender à População sas Espaços. (...) " http: //















 livros01.livrosgratis.com.br / cp011845.pdf

segunda-feira, 13 de julho de 2015

ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO




www.saude.ribeiraopreto.sp.gov.br

Gabinete do Secretário

ESCLARECIMENTO  AO PÚBLICO

A respeito das recentes manifestações de administradores responsáveis pelos hospitais

prestadores de serviços ao Sistema Único de Saúde local, a Prefeitura Municipal de

Ribeirão Preto tem a esclarecer que:

1) Para garantia da assistência de complexidade hospitalar à população de Ribeirão

Preto e região, a Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto mantem

contratos de prestação de serviços com os hospitais Santa Casa de Misericórdia

de Ribeirão Preto, Beneficência Portuguesa de Ribeirão Preto, Santa Lydia e

Electro Bonini. Esses contratos estipulam os serviços que devem ser prestados

pelas instituições hospitalares, em modalidades, quantidades e qualidade da

assistência, e estabelecem os valores de remuneração correspondentes.

2) Embora esses hospitais sejam classificados como filantrópicos, não há, em

relação aos serviços prestados ao SUS, nenhuma forma de benemerência,

caridade ou gratuidade. Todos os serviços realizados são remunerados nos

termos dos contratos estabelecidos livremente e consensualmente entre as partes.

Da mesma forma, não há, por parte do ente público, transferências de valores,

tais como subvenções ou outras formas de repasses, que não sejam aqueles

previstos nos contratos como modalidade de remuneração pelos serviços.

3) Os contratos existentes são formatados de acordo com regulamentação

estabelecida pelo Ministério da Saúde em Portarias específicas para a

contratação de serviços de complexidade hospitalar, conforme definido pela

Política Nacional de Assistência Hospitalar.

4) A remuneração dos serviços contratados é realizada mensalmente, na forma de

um adiantamento correspondente a sessenta por cento (60%) da média de

valores dos meses precedentes, repassado na primeira semana do mês

subseqüente ao fechamento do faturamento (por exemplo: encerrado o mês de

junho, o adiantamento é realizado nos primeiros dias de julho). Até o final do

mês, e após auditoria, realizada pelo Departamento de Auditoria e Controle da

Secretaria Municipal de Saúde, da produção apresentada pelo prestador, é

realizado o pagamento dos valores restantes. Do valor total correspondente ao

mês encerrado, são pagos cerca de oitenta a oitenta e cinco por cento antes de

decorridos trinta dias. Os restantes quinze a vinte por cento são pagos conforme

cronologia da Secretaria Municipal de Fazenda e estão sujeitos a prazos de

alguns meses, a depender ao fluxo de caixa registrado por aquela repartição do

Executivo Municipal.

5) Essa forma de remuneração, nos prazos e proporções aqui indicadas, é a adotada

há décadas e é de pleno conhecimento dos hospitais e de seus administradores.

6) Situação muito diferente é a que corresponde ao pagamento dos serviços

prestados por esses hospitais aos convênios do sistema de saúde suplementar.

Fechado o mês, os pagamentos serão realizados apenas entre quarenta e cinco a

sessenta dias após a prestação dos serviços, e sempre com pesados descontos, da

ordem de quinze a vinte por cento, por alegadas cobranças indevidas. Tais

valores excluídos apenas serão pagos a posteriori, se e quando os hospitais

apresentarem recursos, e se seus recursos forem aceitos pelo contratante.

7) Para que se tenha uma idéia de como se distribuem os valores para os hospitais

que vieram recentemente a público alegar “falta de pagamentos por parte da

Prefeitura” (sic), apresentamos os dados a eles correspondentes para o ano de

I. Hospital Santa Casa de Ribeirão Preto: de um total de R$.17.586.037,22

(dezessete milhões, quinhentos e oitenta e seis mil, trinta e sete reais e vinte

e dois centavos), correspondente ao período de dezembro/2014 a maio/2015,

foram pagos R$.16.584.964,43 (dezesseis milhões, quinhentos e oitenta e

quatro mil, novecentos e sessenta e quatro reais e quarenta e três centavos),

restando para pagamento segundo a ordem cronológica da Secretaria

Municipal da Fazenda o valor de R$.1.001.072,79 (um milhão, mil e setenta

e dois reais e setenta e nove centavos).

II. Hospital Beneficência Portuguesa: de um total de R$.12.697.417,51 (doze

milhões, seiscentos e noventa e sete mil, quatrocentos de dezessete reais e

cinqüenta e um centavos), também correspondentes ao período de

dezembro/2014 e maio/2015, foram pagos R$.11.601.747,98 (onze milhões,

seiscentos e um mil, setecentos e quarenta e sete reais e noventa e oito

centavos), restando para pagamento pela ordem cronológica da Secretaria

Municipal da Fazenda o valor de R$.1.095.669,53 (um milhão, noventa e

cinco mil, seiscentos e sessenta e nove reais e cinquenta e tres centavos).

Conforme se pode constatar, de um total de trinta milhões

de reais devidos aos dois hospitais por serviços prestados, nos termos dos contratos

existentes, foram pagos mais de vinte e oito milhões, ou noventa e quatro por cento.

A alegação de que a Prefeitura não paga os hospitais e isso

impede as instituições de cumprir seus compromissos com funcionários, médicos,

fornecedores e prestadores revela-se enganosa.

O método de pagamento utilizado pela Prefeitura, que é

extremamente favorável aos hospitais, pois garante no mínimo oitenta por cento da

remuneração antes de trinta dias do mês vencido, é sobejamente conhecido pelos

responsáveis pelos hospitais e deve ser utilizado por eles como medida de

planejamento para o cumprimento de seus compromissos financeiros. É lamentável

que, incapazes de planejar e ordenar seus fluxos de caixa, os administradores dos

hospitais ditos filantrópicos venham a público atribuir à Prefeitura dificuldades que

decorrem de outras causas.

8) Cabe esclarecer também que os contratos existentes entre os mencionados

hospitais e a Prefeitura para atendimento ao Sistema Único de Saúde, são

responsáveis pela maior parte da receita daquelas instituições, da ordem de

sessenta e cinco a setenta por cento delas. Se é fato que hoje o sistema público

de saúde depende das instituições hospitalares contratadas para garantir a

assistência à população, é inequívoco também que tais instituições seriam

insustentáveis financeiramente sem os recursos a elas destinados por força dos

contratos de prestação de serviços para o SUS, que lhes garante a cobertura da

totalidade de seus custos fixos. Trata-se, portanto, de mútua dependência, que

deve ser resolvida de modo harmonioso e responsável, para preservação das

instituições e benefício da população.

9) Necessário também esclarecer a respeito das reiteradas e equivocadas alegações

de defasagem da “tabela SUS”. A tabela de remuneração de procedimentos é um

resquício da era que antecedeu a implantação do Sistema Único de Saúde, em

1988. Até então, a remuneração dos hospitais que atendiam ao Instituto Nacional

de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), repartição

governamental responsável pela assistência hospitalar naquela fase, era realizada

pela tabela de procedimentos. Esse formato era extremamente desfavorável ao

atendimento das necessidades de saúde coletiva, pois induzia à realização de

procedimentos da escolha do prestador, e não das prioridades da saúde pública.

Com a instituição do SUS foram adotadas alterações radicais na concepção das

responsabilidades, competências e atribuições do ente governamental em relação

à saúde pública, com inevitáveis desdobramentos em todas as ações

correspondentes a esse domínio. A saúde passa a ser considerada como um

direito de todos os cidadãos, e não mais como um benefício restrito aos inscritos

no sistema de previdência social. Sua organização adota como ênfase a

prevenção de doenças e a promoção de condições sanitárias adequadas, e não

mais o atendimento de doentes centrado em grandes e ineficientes instituições

hospitalares. Coube ao Ministério da Saúde estabelecer novos parâmetros de

organização e remuneração dos serviços hospitalares. E, desde então, o

Ministério optou pela gradual redução da “tabela SUS” como método de

remuneração, e por sua substituição por outras modalidades de pagamento, que

atendessem as prioridades e necessidades de saúde da coletividade. E é nesse

processo em que estamos, de substituição gradual da “tabela SUS” por

incentivos financeiros diretamente relacionados às prioridades estabelecidas

pelos gestores nas três instâncias federativas (União, estados e municípios). Por

isso, as constantes afirmações de que a tabela está defasada, que remunera com

valores pífios procedimentos complexos, etc, são apenas uma forma de engodo

da opinião pública, pois seus proclamas sabem muito bem que está em

andamento processo de implantação de outras formas de remuneração que não a

tabela de procedimentos.

10) Para que se entenda e se constate isso no contexto local, saiba-se que o contrato

do Hospital Beneficência Portuguesa, que era de vinte milhões de reais anuais

em 2012, foi de vinte e quatro milhões em 2014, um acréscimo de vinte e cinco

por cento, muito superior à inflação do período, e propiciado pela incorporação

de incentivos correspondentes à produção de média complexidade e inclusão do

hospital nas redes regionais de urgência e emergência. As diárias de terapia

intensiva, apenas um exemplo entre muitos, passaram a ser remuneradas em

valores de cem por cento acima dos estabelecidos pela tabela.

11) Para o Hospital Santa Casa, que foi beneficiado por ser categorizado como porta

de entrada da rede regional de urgência e por inclusão na rede de cuidados

materno-infantis, os valores passaram de vinte e seis milhões em 2012 para

trinta e cinco milhões em 2014, incremento de quase trinta e cinco por cento.

Além dos incentivos já mencionados para o caso do Hospital Beneficência

Portuguesa, a Santa Casa passou a receber trezentos mil reais por mês, três

milhões e seiscentos mil por ano, desde janeiro de 2014, por ser porta de entrada

da rede regional de urgências.

12) Além da remuneração pelos serviços contratados, a adesão dos hospitais ao SUS

assegura outras formas de arrecadação de receitas, como o acesso aos programas

Pró Santa Casa e Santas Casas Sustentáveis, financiados pela Secretaria Estadual

de Saúde, e que destinam às instituições locais, no total, mais de um milhão e

quinhentos mil reais mensais, e de isenções tributárias, como a bonificação da

parcela patronal do Fundo de Garantia de suas folhas de pagamentos,

correspondente a vinte por cento do total dessa pesada despesa.

Em conclusão, fica demonstrado que os hospitais

contratados pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto são remunerados em valores e

prazos correspondentes à importância dos serviços prestados por aquelas instituições ao

Sistema Único de Saúde regional. Mais ainda, que os contratos existentes são objeto de

constante revisão e atualização de valores, com inegável reconhecimento do relevante

papel desempenhado pelos prestadores hospitalares para as garantias da saúde de nossa

população. Neste momento de grave crise fiscal e financeira que abala o pais, é

essencial e obrigatória a cooperação entre parceiros de longa data.

Não se pode aceitar o gesto, para o qual não existe a

menor fundamentação, de semear o medo e o pânico coletivos, como se à população

fosse faltar a garantia de seu direito à saúde. Nada mais falso, irresponsável e insensato.

A população de Ribeirão Preto pode ficar tranqüila: não lhe faltarão os atendimentos e a

assistência em saúde.

Ribeirão Preto, julho de 2015

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Forum do Trabalhador - 01/07/2015




Forum do Trabalhador - 01/07/2015-
Nosso estimado amigo vereador André Luiz da Silva, sempre antenado em tudo o que acontece em nossa cidade e região, nos premia com esse registro do
Trabalho e Cultura da nossa cidade e região. Vale a pena conferir!